A militância LGBT tem conquistado a cada dia direitos que lhe foram negados no decorrer da História. O direito de SER ainda é um grande desafio para muitos em diversos lugares do mundo, onde há quem tente combater o amor com o ódio.
O projeto fotográfico “Where Love is Illegal” (“Onde o amor é ilegal”), do fotógrafo neozelandês Robin Hammond, apresenta imagens trágicas de casais gays que vivem em países onde a homossexualidade é crime, sendo frequentemente perseguidos, agredidos e, em alguns casos, punidos com a pena de morte. A ideia surgiu enquanto o fotógrafo trabalhava em países da África subsariana, como Uganda e Camarões, onde constatou o elevado nível de intolerância a homossexuais. Atualmente, o projeto conta ainda com imagens de casais de países como Rússia e Malásia. Na imagem, as sul-africanas Olwetu e Ntombozuko, que já foram agredidas por grupos de homens por serem gays. Ntombozuko chegou a ser esfaqueada no estômago por um grupo de quatro homens.
Conheça algumas dessas histórias:
Nascida no Burundi, a transgênero Naze Flavier foi tentar a vida na África do Sul, imaginando que o país fosse um pouco mais tolerante para a questão da homossexualidade. O resultado foi que Naze sofreu as mesmas agressões homofóbicas, virou moradora de rua e foi estuprada. Sua história é mais uma das retratadas pelo projeto “Where Love is Illegal” (“Onde o amor é ilegal”), que mostra países onde a homossexualidade é considerada crime.
A história trágica da sul-africana Nontsikelel (no retrato) também é contada no projeto “Where Love is Illegal” (“Onde o amor é ilegal”), do fotógrafo neozelandês Robin Hammond. A jovem foi estuprada, agredida e estrangulada até a morte. Seu corpo em decomposição foi encontrado por vizinhos um ano após seu desaparecimento. Um vizinho assumiu a culpa pelo assassinato, e admitiu que matou a jovem porque ela era lésbica e ele tinha o intuito de “mudar ela”. “É muito difícil seguir com a vida após a morte da minha filha, porque ela era uma criança que me fazia muito feliz”, diz Boniwe, mãe de Nontsikelel, na foto acima segurando um retrato da jovem.
Kamarah Apollo, nascido em 1988 em Uganda, foi expulso do colégio em que estudava, em 2010, após descobrirem que ele tinha um relacionamento homossexual com outro estudante. Kamarah foi deserdado pela família e se tornou um ativista da causa gay no país. Ao projeto fotográfico “Where Love is Illegal” (“Onde o amor é ilegal”), o rapaz contou que foi inúmeras vezes torturado por homofóbicos e policiais por causa de sua orientação sexual. Além da tortura psicológica, Kamarah também foi estuprado em uma cela policial por outros prisioneiros em uma das vezes em que foi preso.
No projeto “Where Love is Illegal” (“Onde o amor é ilegal”), que apresenta imagens de casais gays que vivem em países onde a homossexualidade é crime, o fotógrafo Robin Hammond conta a história de duas mulheres apaixonadas, “J” e “Q”, que não têm sua união reconhecida e são perseguidas em Uganda, no leste da África. Lá, o lesbianismo é visto como “uma doença que precisa de cura”. Frequentemente, as duas são ofendidas por homens nas ruas, ameaçadas, ouvindo coisas como “vocês precisam ser estupradas”.
Nem só nos países sub-desenvolvidos da África subsariana a homossexualidade é considerada crime e casais gays sofrem com a intolerância. Na Rússia, “O”, de 27 anos, e “D”, 23, foram atacadas por um homem enquanto saíam de mãos dadas de um show de jazz em São Petersburgo. Subitamente, um homem atacou “O” pelas costas, com um golpe no pescoço, gritando “Malditas lésbicas!”, e depois deu um soco no rosto de “D”.
O casal Mitch Yusmar, um homem transgênero de 47 anos, e Lalita Abdullah, 39, é retratado na série “Where Love is Illegal” (“Onde o amor é ilegal”), do fotógrafo Robin Hammond. O casal vive na Malásia, onde sua união não é reconhecida, e tem dois filhos adotivos: Izzy, de 9 anos, e Daniya, 3.
Rihana e Kim, de Uganda, foram agredidos pelos vizinhos em janeiro de 2014, antes de a polícia intervir. Ambos foram presos por “homossexualidade”. Na prisão, onde ficaram por cinco meses, os dois foram assediados por policiais, eram regularmente agredidos e destinados aos trabalhos manuais mais pesados.
Naomi e Dolores, mulheres transgênero que vivem em Camarões, frequentemente são presas e agredidas pela polícia, “culpadas de homossexualidade”. As duas já foram presas e receberam pena de 5 anos, a máxima para o crime de homossexualidade no país, ficaram 18 meses encarceradas quando, após uma apelação, foram libertadas por “falta de provas”. A história trágica do casal foi retratada na série “Where Love is Illegal” (“Onde o amor é ilegal”), do fotógrafo Robin Hammond.
A russa Darya se identifica como bissexual. Em 2011, a garota foi atacada por um grupo de homens mascarados, esfaqueada e agredida com um taco de beisebol. Enquanto era agredida, Darya ouviu todos os tipos de insultos homofóbicos do grupo, até perder a consciência. Mais uma vítima da homofobia que impera na Rússia, Darya relata ao projeto “Where Love is Illegal” (“Onde o amor é ilegal”) que não entende como sobreviveu ao ataque.
Todas as fotos © Robin Hammond
Via bol.uol.com.br
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