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Criado em Porto Alegre app que identifica locais que respeitam igualdade de gĂȘnero e diversidade sexual


Negócio social, Freeda irå gerar um ranking dos estabelecimentos através da participação dos usuårios. App estå em fase de finalização

Com a intenção de qualificar a conduta de espaços pĂșblicos e privados quanto ao respeito Ă  igualdade de gĂȘnero e diversidade sexual, de forma colaborativa, nasceu o Freeda.

Inicialmente desenvolvido para ser um aplicativo em 2014, dentro do Hackaton GĂȘnero e Cidadania, desafio da CĂąmara dos Deputados que propunha aos participantes desenvolver aplicaçÔes usando dados pĂșblicos, Freeda hoje Ă© um canal de comunicação, informação e desenvolvimento de projetos.

“Como nĂŁo existem muitos dados pĂșblicos sobre a população LGBT, a gente decidiu criar um app que gerasse estes dados”, conta Gabriel Galli, jornalista e um dos criadores do projeto social, ao lado do doutorando em serviço social Guilherme Gomes Ferreira, a desenvolvedora Barbara Arena e a advogada PatrĂ­cia Becker.

A funcionalidade do app, que estĂĄ em fase de finalização, propĂ”e que as pessoas possam avaliar o modo como sĂŁo tratadas em estabelecimentos, e assim gerar um ranking – com isso, tambĂ©m um mapa – dos lugares que tenham polĂ­ticas de respeito Ă  diversidade (assim como os que nĂŁo tĂȘm). “A gente sofre violĂȘncia a todo momento, mas nĂŁo Ă© sĂł isso. É tambĂ©m uma forma de valorizar os aspectos positivos das cidades, os lugares que tĂȘm uma postura positiva”, complementa Gabriel. O app deve operar jĂĄ no primeiro semestre de 2016.

Como forma de identificar e legitimar essa postura, o ranking habilitarĂĄ o estabelecimento a ostentar o selo Espaços de Diversidade, oferecido pelo Freeda, que informa o pĂșblico de que determinado local tem uma postura de nĂŁo-discriminação.

O negĂłcio tambĂ©m realiza treinamento e consultoria para empresas interessadas em aprimorar as questĂ”es de gĂȘnero. Internamente e no atendimento, como respeito ao nome social, Ă s manifestaçÔes pĂșblicas de afeto, ou como conter posturas discriminatĂłrias ou violentas por parte de clientes. AlĂ©m disso, tambĂ©m alertar para o tratamento pejorativo Ă  mulheres – como quando a conta pelo serviço nĂŁo Ă© oferecida a ela, ou referir-se Ă  mulher como “meu anjo”, “minha linda”, e o acesso a banheiros sem discriminação, por exemplo, que sĂŁo atos que comumente acontecem.

“A gente sabe de casos de pessoas trans que foram negadas a usar o banheiro em Porto Alegre e, ao insistir, acabaram sendo agredidas fisicamente”, conta Gabriel. Em outubro de 2015 foi realizado o primeiro evento de qualificação para estabelecimentos comerciais da Capital, para alertar sobre estas questĂ”es.

“HĂĄ uma carĂȘncia muito grande de informaçÔes de rede de serviços e atendimento Ă  população LGBT”, afirma Guilherme. Em decorrĂȘncia disso, a versĂŁo web do app tambĂ©m terĂĄ uma relação das leis municipais que falam sobre gĂȘnero. Em Porto Alegre, por exemplo, Ă© garantido pelo Art. 150 da Lei OrgĂąnica do MunicĂ­pio que estabelecimentos, sejam eles de ordem comercial, educacional, hospitalar, pĂșblica ou privada, que paguem multa ou tenham suspensĂŁo de alvarĂĄ de funcionamento por atos discriminatĂłrios a gays, lĂ©sbicas, travestis, transexuais e bissexuais. “Muita gente nĂŁo faz ideia que pode ir atĂ© o serviço pĂșblico solicitar que o lugar em que sofreu violĂȘncia seja multado”, alinhava Guilherme.

Via GeraçãoE


 

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